RESUMO
This article describes the associations and controversies between indigenous and western uses of ayahuasca between 1850 and 1950 in relation to the "psychedelic renaissance." This movement has gained scientific attention since 2000, but hearkens back to the 1960s and 1970s, when anti-drug policy halted research on the "therapeutic potential" of psychoactive substances. Pioneering studies on ayahuasca date back to the early twentieth century and mention reports of expeditions to Amazonia from 1850 onward. Here, these articles and reports are analyzed according to the historical aspect of actor-network theory and recent studies. We infer that history casts light on the current political debate about indigenous uses, classifications, and meanings, pharmaceutical interest in ayahuasca, and the debate on "drugs."
O artigo descreve associações e controvérsias entre usos indígenas e ocidentais da ayahuasca, de 1850 a 1950, na relação com o "renascimento psicodélico". Destaque na ciência desde 2000, esse movimento faz referência a 1960-1970, quando políticas antidrogas suspenderam pesquisas sobre "potenciais terapêuticos" de substâncias psicoativas. Argumenta-se que estudos pioneiros com a ayahuasca datam do início do século XX e mencionam relatos de expedições à Amazônia desde 1850. Esses artigos e relatos são analisados pelo aspecto histórico da teoria do ator-rede e de estudos recentes. Infere-se que a história ilumina o debate político atual sobre os usos, classificações e significados indígenas; o interesse farmacêutico na ayahuasca; e a discussão sobre "drogas".
Assuntos
Banisteriopsis , Alucinógenos , Psicotrópicos , Brasil , Alucinógenos/uso terapêuticoRESUMO
Resumo O artigo descreve associações e controvérsias entre usos indígenas e ocidentais da ayahuasca, de 1850 a 1950, na relação com o "renascimento psicodélico". Destaque na ciência desde 2000, esse movimento faz referência a 1960-1970, quando políticas antidrogas suspenderam pesquisas sobre "potenciais terapêuticos" de substâncias psicoativas. Argumenta-se que estudos pioneiros com a ayahuasca datam do início do século XX e mencionam relatos de expedições à Amazônia desde 1850. Esses artigos e relatos são analisados pelo aspecto histórico da teoria do ator-rede e de estudos recentes. Infere-se que a história ilumina o debate político atual sobre os usos, classificações e significados indígenas; o interesse farmacêutico na ayahuasca; e a discussão sobre "drogas".
Abstract This article describes the associations and controversies between indigenous and western uses of ayahuasca between 1850 and 1950 in relation to the "psychedelic renaissance." This movement has gained scientific attention since 2000, but hearkens back to the 1960s and 1970s, when anti-drug policy halted research on the "therapeutic potential" of psychoactive substances. Pioneering studies on ayahuasca date back to the early twentieth century and mention reports of expeditions to Amazonia from 1850 onward. Here, these articles and reports are analyzed according to the historical aspect of actor-network theory and recent studies. We infer that history casts light on the current political debate about indigenous uses, classifications, and meanings, pharmaceutical interest in ayahuasca, and the debate on "drugs."
Assuntos
Banisteriopsis , Tratamento Farmacológico , Expedições , Cultura Indígena , Brasil , Ecossistema Amazônico , História do Século XIX , História do Século XXRESUMO
Faz uma abordagem histórica sobre a atuação da Fundação Rockefeller nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. No campo biomédico, um marco significativo pode ser localizado em 1915, quando desembarcou em São Paulo a primeira Comissão de Estudos da Fundação Rockefeller (FR). A comissão chegou ao Brasil depois de uma longa viagem pela América Latina, incluindo Equador, Peru, Colômbia e Venezuela, cujo objetivo fora identificar áreas para atuação no continente, especialmente nos setores de Saúde Pública e ensino médico. Para as instituições selecionadas, a FR dispunha-se a liberar grandes somas, desde que os estatutos fossem ajustados à sua concepção de excelência científica, cujo cerne associava a limitação do número de alunos (numerus clausus) à implantação do tempo integral para o ensino e a pesquisa nas disciplinas pré-clínicas, acrescida da construção do hospital de clínicas.
Assuntos
Apoio à Pesquisa como Assunto/história , Acordos de Cooperação para a Formação de Recursos Humanos , Universidades , Pesquisa Biomédica/história , Saúde Pública/história , BrasilRESUMO
Faz uma abordagem histórica sobre a atuação da Fundação Rockefeller nas instituições brasileiras de ensino e pesquisa. No campo biomédico, um marco significativo pode ser localizado em 1915, quando desembarcou em São Paulo a primeira Comissão de Estudos da Fundação Rockefeller (FR). A comissão chegou ao Brasil depois de uma longa viagem pela América Latina, incluindo Equador, Peru, Colômbia e Venezuela, cujo objetivo fora identificar áreas para atuação no continente, especialmente nos setores de Saúde Pública e ensino médico. Para as instituições selecionadas, a FR dispunha-se a liberar grandes somas, desde que os estatutos fossem ajustados à sua concepção de excelência científica, cujo cerne associava a limitação do número de alunos (numerus clausus) à implantação do tempo integral para o ensino e a pesquisa nas disciplinas pré-clínicas, acrescida da construção do hospital de clínicas. (AU)
